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Silva & Freitas

Autismo e o acesso à saúde pública

O acesso à saúde pública é um desafio significativo enfrentado pelas pessoas com autismo no Brasil. Essa população enfrenta barreiras de comunicação, falta de compreensão de suas necessidades específicas e escassez de profissionais de saúde capacitados para atendê-los.

No entanto, com ações e políticas públicas voltadas para a melhoria desse cenário, é possível ampliar o acesso e a qualidade da assistência, promovendo um acompanhamento integral e eficaz.

Desafios enfrentados pelas pessoas com autismo no sistema de saúde brasileiro:

Falta de especialização

Profissionais de saúde nem sempre estão preparados para lidar com as características e particularidades do autismo, resultando em atendimentos inadequados.

Infelizmente o mercado atual conta com poucos profissionais especialistas em atendimento da pessoa autista.

Escassez de recursos

Insuficiência de serviços especializados, longos tempos de espera e dificuldade de acesso a tratamentos e terapias essenciais. É extremamente necessário investimento em políticas públicas voltadas especificamente para o tratamento dos autistas.

Para que o tratamento seja eficaz deve ser efeito com profissionais especialistas.

Tratamento com profissionais sem especialização podem levar a diagnósticos incorretos, tratamentos inadequados e uma experiência negativa no sistema de saúde, prejudicando a qualidade de vida das pessoas com autismo.

Dessa forma é extremamente importante a capacitação dos profissionais no atendimento dos pacientes autistas. Conscientizar os profissionais de saúde sobre as características e necessidades específicas das pessoas com autismo, promovendo uma abordagem empática e inclusiva.

Oferecer treinamentos e recursos que equipem os profissionais de saúde com habilidades de comunicação e estratégias de atendimento adequadas ao público autista.

Profissionais capacitados serão capazes de adaptar os serviços de saúde, proporcionando um acompanhamento mais eficaz e uma experiência positiva para as pessoas com autismo.

Para isso acontecer, é necessário o aumento do financiamento público para a criação e manutenção de serviços de saúde especializados no atendimento a pessoas com autismo.

Implementação de programas de treinamento obrigatório para profissionais de saúde sobre as especificidades do autismo.

Adaptação dos ambientes e procedimentos de saúde para atender às necessidades sensoriais e de comunicação do público autista.

Articulação entre os setores da saúde, educação e assistência social para oferecer uma assistência integral e coordenada. Com a implementação dessas ações e políticas públicas, é possível melhorar significativamente o acesso e a qualidade da assistência à saúde para a população com autismo no Brasil, promovendo uma inclusão efetiva e um acompanhamento especializado.

Autista em Montes Claros não paga para ir ao cinema?

Essa é uma verdade que poucos autistas têm conhecimento. Meu nome é Bruno Freitas, sou autista, professor e advogado especialista nos direitos dos autistas.

Aqui em Montes Claros/MG foi aprovada uma lei que garante a entrada gratuita para os autistas em eventos sócios culturais. É a lei 4.338/11, já salva essa lei no seu telefone.

Dessa forma, temos direito a entrar no cinema, parques, circos, shows gratuitamente. E tem mais, o seu acompanhante só paga meia entrada.

Temos aqui em nossa cidade a Exposição, que acontece todos os anos, com vários shows, e a resposta é sim, você autista não paga para entrar.

Para comprovar sua condição o autista pode apresentar o laudo médico, a carteira da Ademoc, a carteira de identidade que conste essa condição ou a CIPTEA (carteira de identificação da pessoa com transtorno do espectro autista).

Agora que você sabe desse direito é aproveitar e se divertir.

Caso você ou alguém de sua família seja impedido de exercer esse DIREITO chame a polícia e busque um profissional para lhe auxiliar na reparação desse dano.

Os principais desafios da inclusão autista no Brasil

Conscientização

Apesar dos avanços, ainda existe um grande desconhecimento sobre o espectro autista na sociedade brasileira. Muitos ainda associam o autismo a deficiências mentais ou comportamentais, quando, na verdade, trata-se de uma condição neurológica complexa com diversos graus de manifestação. A falta de informação e sensibilização dificulta a aceitação e o apoio às pessoas com autismo.

Acessibilidade

Ambientes públicos e privados nem sempre são adaptados para atender às necessidades especiais das pessoas com autismo. Desde a sinalização visual clara até a redução de estímulos sensoriais, a acessibilidade adequada é essencial para que esses indivíduos se sintam confortáveis e incluídos.

Acesso a serviços

Muitas famílias enfrentam dificuldades para obter diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento adequados para suas crianças com autismo. A escassez de profissionais especializados e a falta de cobertura de planos de saúde são alguns dos principais obstáculos no acesso a serviços essenciais.

Políticas públicas

Apesar da existência de leis e diretrizes que visam a inclusão das pessoas com autismo, sua implementação ainda é insuficiente. A falta de fiscalização e investimentos específicos compromete o alcance e a efetividade dessas políticas públicas em todo o país.

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